O problema de ler pouco

O ex-ministro do Trabalho Antônio Magri disse que só tinha lido dois livros na vida . "Ler muito confunde as ideias", teria dito. Ele estava certo. A leitura realmente deixa o cara confuso. Só que isso é bom, porque nos faz menos cheio de certezas e prontos para julgar melhor.
Tomemos o caso de quem só leu "Formação Econômica do Brasil" do Furtado  e "A Economia Brasileira em Marcha Forçada" do Barros de Castro. Ainda mais se o cara fez uma leitura rasteira, ele sai seguro que crises são oportunidades [bip! bip! Alerta de clichê] e que, via gasto público, é moleza garantir a demanda agregada ou superar o gargalo externo "levando a economia brasileira para outro patamar" (seja lá o que isso queira dizer).
Contudo, quem também leu Suzigan, Peláez, Bonelli, Malan, Fishlow - só para ficar na geração que produziu sobre tais temas nos anos 70 e 80 - aprende que tudo é bem mais complicado do que contam as histórias reconfortantes da bibliografia básica das disciplinas de Economia Brasileira.

Um comentário:

Anônimo disse...

E o que saiu nos anos 90, 00 e 10?

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