"The two waves of service-sector growth"

Barry  Eichengreen e Gupta investigam empiricamente a mudança setorial no mundo e concluem o seguinte:
  • Existem duas ondas de crescimento dos serviços: uma baseada em atividades tradicionais em níveis de renda baixa e outra, moderna, em níveis renda alta;
  • A partir de 1990, a segunda onda aconteceu em níveis de renda mais baixos do que antes e foi mais forte em países mais abertos e democráticos.*
O debate sobre desindustrialização no Brasil - ou sobre qualquer outro tema - ganharia uma monte se olhasse para a pesquisa nos outros países. Com n=1, é muito fácil cair nas explicações personalistas, recomendações voluntaristas ou meramente ad hoc.
Não está no paper, mas a recomendação seria: ao invés de brigar contra o crescimento dos serviços, que tal nadar forte e surfar a segunda onda?

* Não será que essas variáveis estariam pegando o efeito do k humano? 

Um comentário:

Dionísio disse...

Leonardo,

O Oreiro vive dizendo que graças a ganhos de escala estáticos e dinâmicos a indústria é imprescindível ao aumento da produtividade e logo do crescimento. Imagino que a lógica do argumento seja que a concorrência em setores tradeable estimule a inovação enquanto os serviços podem continuar ineficientes se o setor industrial não puxar a produtividade. Já que está comentando bastante de política industrial, qual seu pitaco sobre esse argumento?

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