Cliometria: a revolução que não chegou no Brasil

Da série Pesquisador Preguiçoso :
Essa é uma idéia que eu tenho faz tempo, mas não tenho a disposição, nem métodos para encarar: entrevistar os grandes economistas que produziram trabalhos de história econômica quantitiva para contarem suas estórias. A pergunta final seria: "Por que a revolução cliométrica não chegou aqui?" Afinal, Delfim Netto, Pedro Carvalho de Mello, Eustáquio Reis, Claudio Haddad, Gustavo Franco, Manuel Peláez*, Roberto Martins estão** estão aí na ativa.
(*É cubano, mas produziu um monte aqui.)
(**Certamente estou me esquecendo de um monte de gente.)

Um comentário:

paulo disse...

olá leonardo. pesquisando pela internet topei com seu blog e achei muito interessante. fiz história na ufrj e também fiz a mesma pergunta e arrisco uma resposta: por um lado,a cliometria exige um treinamento em métodos quantitativos que os historiadores não possuem;na verdade, desde a década de 1980, a história econômica entrou em completo declínio entre os historiadores. Lembro-me que certa vez passei para meus alunos de História "O problema do Café no Brasil", do Delfim Neto, uma reclamação só. Cheguei mesmo a discutir o texto do McCloskey "Econometric History", também nada.
Por outro lado, acredito que a formação dos economistas não valoriza investigações históricas. Uma amiga minha, economista, chegou a me confessar que na época de sua graduação pagou a uma colega para assinar a sua presença ans aulas de história economica. E por ai vai. com este cenário, não dá pra ter revolução. parabéns pelo blog, paulo

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