Feliz 2010!


(Inspirado por Indexed)

Gráfico de torta


Via NPTO.

Desconectado

Ficarei off-line, sem telefone, distante, afastado e fora da rede até o final de Janeiro. Eu deixei posts programados para todo mês, então continuem visitando o blog.
Boas festas para todos!Aqui vai meu presente de Natal.

Pyongyang Art Studio

Arte norte-coreana em Beijing. O mundo é um lugar muito estranho mesmo.

Fantástico mini-curso de história econômica

Não consigo imaginar um curso mais interessante. Pós-graduando, mesmo que a leitura do corpo docente não tenha deixado você boquiaberto (como eu fiquei), inscreva-se. Você me agradecerá depois.
Escuela de Verano (Hemisferio Sur) de Historia Económica (EVHE) 2010
Southern Hemisphere Economic History Summer School (EHSS) 2010
El Programa de Maestría y Doctorado en Historia Económica(Programa de Historia Económica y Social, Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de la República)
con el auspicio del Proyecto “Historical Patterns of Development and Underdevelopment”
(Centre for Economic Policy Research –CEPR‐, Londres)
CONVOCA a la
ESCUELA DE VERANO (HEMISFERIO SUR) DE HISTORIA ECONÓMICA 2010
Montevideo, 6 al 17 de diciembre de 2010.
La Escuela de Verano se organiza en coordinación con la Conferencia “Historical Patterns of Development and Underdevelopment” a realizarse los días 13 y 14 de diciembre de 2010, organizada por el proyecto del mismo nombre del consorcio integrado por: Universidad Carlos III (Madrid), Universidad de Dublin,
Universidad de Warwick, Universidad de Utrecht, Center for Economic Policy Research, Universidad de Tuebingen y la Universidad de la República (Programa de Historia Económica y Social). Destinatarios de la convocatoria:
La EVHEHS reunirá a un grupo de 15 estudiantes de programas de posgrado de historia económica que estén trabajando sobre América Latina, provenientes de universidades americanas y europeas, y a un grupo de 10 estudiantes de los posgrados de historia económica de la Universidad de la República.
Actividades
La escuela de verano tendrá cuatro tipos de actividades:
‐ Presentaciones de proyectos por parte de los estudiantes.
‐ Comentarios y tutorías por parte de profesores a los estudiantes.
‐ Una serie de conferencias por parte de los profesores invitados.
‐ Participación en la Conferencia “Historical Patterns of Development and Underdevelopment”.
Organizadores:
Luis Bértola y Alfonso Herranz (Programa de Historia Económica y Social, Universidad de la República)
Profesores confirmados:
Joerg Baten (Universidad de Tuebingen)
Luis Bértola (Universidad de la República, Uruguay)
Steve Broadberry (CEPR, Londres)
Nicholas Crafts (University of Warwick)
Alfonso Herranz (Universidad de la República, Uruguay y Universidad de Barcelona)
José Antonio Ocampo (Universidad de Columbia)
Leandro Prados de la Escosura (Universidad Carlos III, Madrid)
Jeffrey Williamson (Universidad de Harvard y Wisconsin)
Jan‐Luiten van Zanden (Universidad de Utrecht )

Inscripciones
Las aspirantes deberán inscribirse mediante envío de correo electrónico a la dirección del Programa de
Historia Económica y Social (phes@fcs.edu.uy). La inscripción deberá contener información sobre:
‐ Programa de posgrado en el que está inscripto, grado de avance y nombre del tutor.
‐ Título y resumen del trabajo que desee presentar en la EVHE.
‐ Estimación de sus posibilidades de conseguir financiación para concurrir al evento.
‐ CV.
Los estudiantes provenientes del exterior deberán presentarse hasta el día 26 de marzo de 2010. Los organizadores comunicarán la aceptación el 9 de abril de 2010. Los estudiantes extranjeros deberán buscar sus propias fuentes de financiación de pasaje y estadía. La organización solamente podrá proveer ayuda limitada en unos muy pocos casos.
Los estudiantes que cursan su posgrado en Uruguay deberán presentarse hasta el día 1 de octubre de 2010
y su aceptación será comunicada el 15 de octubre.
LOS ESPERAMOS
Por consultas: lbertola( AT)fcs.edu.uy

4 ganhadores do Nobel juntos em SP...

...e mais uns tantos gênios da área. É o Second Brazilian Workshop of the Game Theory Society. (Obrigado, Vanessa Nadalin)

Dafen, o cluster mundial de pintores

Dafen (China): mais de 8000 pintores em 4 km^2 produzindo 5 milhões de quadros por ano. Picasso, Van Gogh e Leonardo têm seus quadros reproduzidos em escala industrial. Mais aqui. Uma loja sofisticada de Dafen.

A hiperinflação do Zimbabwe em uma imagem

O dólar do Zimbabwe já acabou, mas essa foto resume seu inglório fim.

Via boingboing.
UPDATE: Thomas Kang é trilhionário!

Nova temporada de More or Less

Meu programa de rádio predileto com Tim Harford em edição semanal. Faça o download rápido porque cada episódio só fica uma semana disponível.

Aglomeração não é problema

No rádio estão todos chocados com o fato de que os 5 maiores municípios geram 1/4 do PIB nacional. Ora bolas, além do problema do MAUP, a produção é aglomerada no mundo inteiro! Fujita e Thisse (2002, p. 2) mostram que cinco prefeituras do Japão produzem 29% do PIB do Leste Asiático, apesar de equivalerem a apenas 0,18% do seu território. Igualmente, a região metropolitana de Paris produz 30% do PIB francês. Isso é muito? Pouco? Sei lá! O fato é que tal aglomeração, por si só, não deve ser vista como um problema.

PIB municipal 2007

Saiu!

A malária nos EUA de 1870

Em tons mais encarnados, os lugares com maior fração de vítimas de malária entre os mortos. Em alguns lugares chegava a 18%.

Samuelson e a censura da ditadura brasileira

Lembrei de um causo que li em "A ditadura derrotada" do Elio Gaspari. Uma googlada depois, encontrei o trecho (veja seção 5). Resumindo, era 1973 e o Samuelson tinha escrito o seguinte no original do "Economics":
"Fascismo:

É mais fácil caracterizá-lo política do que economicamente. Seja na Alemanha de Hitler, na Itália de Mussolini, na Espanha de Franco, em Portugal de Salazar, na Argentina de Perón ou nas juntas da Grécia e do Brasil, o fascismo foi habitualmente identificado por ditaduras pessoais, partido único e pela supressão das liberdades públicas. [...] O indivíduo é secundário diante do Estado. [...]
Quando uma economia populista vai mal, com inflação e desemprego, surge o desejo de que os fascistas assumam o poder, "restaurando a ordem e promovendo o desenvolvimento econômico"? Arre, quase sempre a resposta é: sim.
Mais entristecedor é testemunhar o sucesso econômico ocasional de tais regimes ditatoriais - coisa de curto prazo. Assim, nos anos 70 o regime militar brasileiro pode ter batido duro nos professores, nos intelectuais e na imprensa livre. Mas como as pessoas diziam no tempo de Mussolini: "Pelo menos os trens andam na hora". Quando se olha para o Anuário estatístico da ONU, verifica-se que nos últimos anos o Brasil foi um verdadeiro Japão na América Latina, com taxas médias anuais de 10% de crescimento do PNB.
A história mostra que é raro os despotismos benevolentes persistirem na benevolência, e quase nunca conseguem manter-se eficientes. [...] Na vida real, o fascismo é incapaz de realizar até mesmo seu próprio projeto."
Bem, a didatura obviamente não gostou e a editora reclamou com o Samuelson. Ele cedeu e cortou o trecho da edição brasileira. (Antes de condenar o ato, caro leitor, se coloque no lugar dele e veja as alternativas. Entre publicar censurado ou não publicar, eu escolheria a primeira opção)

NPTO e Crise de 2008

NPTO escreve sobre a interpretação da crise de 2008 pelos austríacos e Tyler Cowen.
(Aproveite a viagem e leia o relato sobre o hexa do Flamengo. Eu entendo tanto de futebol quanto o luis nassif sabe de Economia o Alborguetti (RIP) de controle da raiva. Mesmo assim, os posts do NPTO sobre futebol são tão bem escritos que eu leio só por prazer)

Ciência é interessante

Year in Ideas da revista do NYT. Tem desde a discriminação no futebol americano até experimentos de teoria de jogos com bêbados.
(Se você discorda do título do post, então....)

Open Street Map

A wikipedia dos mapas. Antes que você me pergunte, aí vão as razões pelos quais o Google maps não é a solução para tudo. (Dica do Rafael Pereira)

Doença holandesa ou nigeriana?

Eu sou bastante cético quanto aos riscos da doença holandesa no Brasil do século XXI. (a propósito, quem fala de dutch disease tem que primeiro ler o paper do Corden 1984). A ameaça parece ser uma maldição dos recursos naturais por vias institucionais. Será que o Brasil está mais para Noruega ou para Nigéria?
Do Oil Windfalls Improve Living Standards? Evidence from Brazil
by Francesco Caselli, Guy Michaels - #15550 (EFG PE POL)

Abstract:

We use variation in oil output among Brazilian municipalities to
investigate the effects of resource windfalls. We find muted effects
of oil through market channels: offshore oil has no effect on
municipal non-oil GDP or its composition, while onshore oil has only
modest effects on non-oil GDP composition. However, oil abundance
causes municipal revenues and reported spending on a range of
budgetary items to increase, mainly as a result of royalties paid by
Petrobras. Nevertheless, survey-based measures of social transfers,
public good provision, infrastructure, and household income increase
less (if at all) than one might expect given the increase in reported
spending. To explain why oil windfalls contribute little to local
living standards, we use data from the Brazilian media and federal
police to document that very large oil output increases alleged
instances of illegal activities associated with mayors.

Esse outro paper do Bruno Cruz e do Marcio Ribeiro, colegas do IPEA, também avança na questão:
Sobre Maldições e Bênçãos: É Possível Gerir Recursos Naturais de Forma Sustentável? Uma Análise sobre os Royalties e as Compensações Financeiras no Brasil.
O trabalho procura analisar os riscos e as oportunidades inerentes à gestão e à alocação das rendas provenientes da exploração de recursos naturais no Brasil. Inicialmente, discute-se a questão da maldição dos recursos naturais e, com base na experiência internacional, são apresentados alguns exemplos de como lidar com seus possíveis efeitos perversos. Em seguida, são apresentados os principais aspectos da legislação brasileira referente às rendas de exploração dos recursos hídricos e minerais. Faz-se ainda uma análise da atual distribuição espacial das compensações oriundas do setor petrolífero, na qual fica evidenciada a concentração dos recursos nos níveis estadual e municipal. Por fim, são apresentadas as propostas mais recentes de mudança na legislação brasileira quanto à sistemática de distribuição das compensações financeiras.

A Anpec está rolando

Papers aqui. Eu não vou, mas relatos e fofocas do evento são bem-vindas.

Off-topic diversos

Quase férias

Estou em férias, mas ainda falta fechar algumas coisas do trabalho e esperar o IBGE soltar os PIB municipais de 2007 (sai do forno em menos de duas semanas). De qualquer forma pretendo postar diariamente até as vésperas de Natal.

Economias externas, políticas públicas, acaso e calcinhas

Até o meio da década de 1990, Juruaia era um vilarejo cuja principal fonte de renda, o café, amargava um crise. A guinada começou em 1991, quando o então prefeito Rubens Lacerda anunciou na televisão, no país todo, que a cidade ofereceria incentivos para atrair empresas. O resultado ainda não foi o esperado. Apenas um industrial de Goiás, que fabricava calcinhas populares, mudou-se para a cidade. Ele não imaginava que seu modesto negócio acenderia o espírito empreendedor da cidade. A primeira fábrica durou menos de dois anos, mas serviu de exemplo...Juruaia produz cerca de 350 mil peças de lingerie por mês, e (...) se tornou o terceiro maior polo produtor de roupas íntimas femininas do Brasil, atrás de Fortaleza, no Ceará, e Nova Friburgo, no interior do Rio de Janeiro.

Os segredos marshallianos que flutuam no ar:
Além dos produtos fabricados serem, na maioria, destinados a mulheres, elas também controlam cerca de 80% das empresas. Isso cria situações peculiares, principalmente aos olhos de forasteiros. Não é raro uma mulher encontrar outra na rua, mosrtrar a alça do sutiã que usa e dizer: “olha a nova peça que eu criei"!

Delfim Netto e a origem da cliometria

Faz 50 anos que a tese "O problema do café no Brasil" foi defendida. É um trabalho de primeira, com teoria econômica, econometria sofisticada e pesquisa histórica profunda. Ele fez cliometria antes do termo existir.
O livro não fez o sucesso. Uma pena. Poucos leitores tinham o conhecimento técnico para compreendê-lo e as escolhas políticas do autor restringiram o alcance da obra . (As razões opostas permitiram o sucesso de a "Formação econômica do Brasil" do Furtado e que -ainda hoje- ele seja visto como a verdade revelada. Ó vida, ó dor)
Agora descubro que a FACAMP (que surpresa!) e a UNESP reeditaram o lvro. Que beleza!

Kevin O'Rourke, a Grande Depressão, e e a crise de 2008

Aqui.
(Bom lembrar que o O'Rourke é co-autor do sensacional Power and Plenty: Trade, War, and the World Economy in the Second Millennium. Eu já comentei o livro aqui.)

150 anos da publicação da Origem das Espécies

É hoje.
It is interesting to contemplate an entangled bank, clothed with many plants of many kinds, with birds singing on the bushes, with various insects flitting about, and with worms crawling through the damp earth, and to reflect that these elaborately constructed forms, so different from each other, and dependent on each other in so complex a manner, have all been produced by laws acting around us.

Epainos Award 2009

Googlando atrás de outra coisa, acabei descobrindo que o Guilherme Resende tirou o segundo lugar no Epainos Award da European Regional Science Association para melhor paper de cientista jovem. Ainda não conheço o Guilherme, mas ele é do IPEA-Brasília e doutorando na LSE. Parabéns!

Congresso Português de Economia Regional

Em 2010, o tradicional encontro da APDR será na Ilha da Madeira.

O crescimento de Las Vegas


Dica do Rafael Pereira

A decadência dos Impérios em 3:30

Fantástico.

Visualizing empires decline from Pedro M Cruz on Vimeo.


Via BoingBoing.

O mundo fica cada vez mais estranho...

Journal of Virtual Worlds Research

Novo blog do Andrew Gelman

O super estatístico tem um ótimo blog novo.

Google W a v e

Tenho 6 convites para o google wave. Basta colocar o e-mail (ou nome, se eu já te conhecer) nos comentários que eu envio.

John Meyer

Um comentarista anônimo me chamou a atenção deste post muito interessante sobre a morte do John Meyer, um dos pais da cliometria . Seu texto de 1957 no Journal of Economic History (em coautoria com o Alfred Conrad) também revolucionou (exceto em alguns lugares exóticos do mundo) o jeito de se fazer história econômica para valer.
Vejam só o tamanho da minha ignorância, ele também é famoso por suas contribuições na área de economia dos transportes! Aqui vai o texto do Ed Glaeser sobre as contribuições do Meyer neste campo.

O melhor jeito de aprender história econômica mundial

Faça o download do audio das aulas do Brad Delong! Os artigos da lista de leitura também por lá. Divertido, profundo e informativo.

Todos os voôs do planeta

24 horas em 72 segundos. (Imaginem o tamanho da matriz W!)
Idéia que eu não vou realizar: fazer a mesma coisa com os dados do Eltis para o tráfico de escravos.

O muro como experimento natural.

Aqui. (Estou sem tempo para ler, mas não posso deixar a data passar)

E a Angela Merkel estava na sauna...

Aqui. (Para análises mais profundas, o melhor local para começar é sempre esse)

Prêmio "Falei besteira, mas a culpa foi da Guerra Fria"

"Somente a Revolução Soviética de 1917 proporcionou os meios e o modelo para o genuíno crescimento econômico mundial e o desenvolvimento equilibrado de todos os povos."

Eric Hobsbawm em "Do Feudalismo ao Capitalismo" (1962). In: Sweezy, P et al. (ed). A transição do feudalismo para o capitalismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 164.

Carl Sagan e Stephen Hawking

The Economist's New Clothes

Esse programa de rádio da BBC tem entrevistas com o Quah, Scholes e Thaler sobre a crise. A apresentadora é meio bobalhona, mas vale a pena ouvir.

As notícias sobre a morte do capitalismo....

... foram exageradas:

Fonte.

Verdades em gráficos

Uma amostra:

Muito mais aqui.

Mainstream Plurocracy

Eu não tenho saco para a discussão heterodoxia versus ortodoxia. Tanta coisa bacana para fazer e aprender que não dá para perder tempo com isso. Talvez por isso, eu gostei do termo "mainstream plurodoxy" que esbarrei no artigo do Colander (via Shikida):
By plurodoxy, I mean a mainstream that has no orthodoxy, neoclassical or other. It is a mainstream composed of many different competing beliefs and research programs...
Today, the problem facing all heterodox groups, Austrians included, is that much of what they were fighting against no longer exists, if it ever did exist. Any orthodoxy that may have existed back in the 1970s has been replaced by a mainstream plurocracy
.
Pensando bem, o conceito é uma continuação do clássico texto "The Death of Neoclassical Economics", em que o Colander argumenta que o termo Neoclássico perdeu o sentido.

Meu único post sobre aquecimento global

Eu não entendo bulhufas sobre aquecimento global, mas tenho um único pitaco.* Lá vai: a discussão se o fenômeno é causado pelo homem é irrelevante para a decisão sobre o que fazer (ou não fazer). Pouco importa se foi a Terra que aprontou isso com a gente, ou o contrário. Afinal, os danos das mudanças climáticas são indiferentes à origem do fenômeno, ora bolas. Os custos da adaptação também não perguntam quem é o culpado. Enfim, não há nada de sagrado na temperatura do planeta. (Imagine se a Terra entrasse em uma trajetória de esfriamento. Nesse caso, aqueles que hoje defendem a redução das emissões de gases relacionados ao efeito estufa, deveriam defender um aumento das emissões de CO2, não?)
*Os dois caras que eu conheço que mais entendem de aquecimento global são o meu ex-aluno Martin Brauch e o neo-amigo Gustavo Luedeman.

The great cities in history

De Ur até São Paulo. A resenha encheu a bola do livro.

World Economic History Conference 2012- África do Sul

Aqui. (Obrigado ao Irineu de Carvalho Filho)

Location, Location, Location

Mesmo que o seu negócio seja a bolsa de valores:
If traders are located 100 miles away from an exchange, they face a delay of one millisecond whenever they seek to trade a price via their computer screen. Few serious investors can afford to be that late to prices that flash so quickly. The blink of a human eye takes 300 milliseconds; many traders now operate in the smaller realm of microseconds.
Mr Greifeld said there might have to be measures to ensure speeds within the co-location facilities were the same. “We might have to give everybody the same length cable, believe it or not,” he said.

(via marginal revolution)
A propósito, as mais rápidas bolsas do mundo usam linux.

I love XKCD

Talvez por estar trabalhando com o R umas 8 horas/dia, eu achei esse tributo ao nerdíssimo XKCD excelente. (Update para os maiores de 35: hoje o velho Geocities sai do ar. Vejam o tributo do xkcd)

"Vai estudar História Econômica!"

Quem disse foi o Samuelson! (via Brad Delong!)

Ratos e Cerveja na História

Economic History Blog, repito sempre, é muito bom mesmo. Em um post recente ele trata da exportação de peles de rato (!?!?!?!!?) de Manhattan para a Holanda. Em outro, ele argumenta a importância da cerveja para a Revolução Industrial.

Mestrado em Organizações e Mercados- UFPel

Meus amigos do PPGOM/UFPel estão com as inscrições abertas para a turma de 2010. Trata-se de um mestrado acadêmico, na área de Economia, aprovado pela CAPES. Eu sou suspeito em recomendar o curso, mas recomendo mesmo assim.

G. R Elton The practice of History

Trazendo os livros para Brasília acabei relendo essa obra-prima. O livro é sobre teoria da História e o ofício de pesquisador. Geoffrey Elton escreve tão bem que é quase poesia (com a vantagem que dá para entender o que o autor diz). Vejam a abertura do livro:
"The future is dark, the present burdensome; only the past, dead and finished, bears contemplation. Those who look upon it have survived it: they are its product and its victors. No wonder, therefore, that men concern themselves with history.
"

Netlogo

Meu colega Bernardo Furtado me convenceu que o Netlogo é realmente um negócio bacana. Tem aplicações para todas as áreas de conhecimento, mas o que convenceu foi uma simulação do modelo do Von Thünen feita com uma dúzia (ou um pouco mais) de linhas de código. Se eu fosse jovem, investiria nisso.

Links

Video: Robert Allen: Por que a Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra. (via Brad Delong)
Gapminder agora mostra dados de produção de alimentos e desigualdade regional para alguns países. (via Marginal Revolution)
Os ilustradores anti-capitalistas da URSS eram ótimos! (via BoingBoing)
Arte ou mercadoria? (via BoingBoing)

Fishlow sobre Leff

Eu gosto muito do livro do Nathaniel Leff "Desenvolvimento e Subdesenvolvimento no Brasil". Hoje encontrei uma resenha bastante crítica - e excelente - do Albert Fishlow sobre o livro. (Conforme já escrevi, o grande Gerschenkron considerava o Fishlow seu melhor aluno.)

2010 Cliometrics Conference

Aqui.

Nobel para Ostrom e Williamson

Mais do que merecido! O Williamson durante muito tempo foi o autor mais citado entre os cientistas sociais e Governing the Commons da Elinor Ostrom é um baita livro.
Um tantinho de deslumbre: muitas luas atrás, no evento do Ronald Coase Institute no RJ, eu jantei por acaso na mesma mesa em que a senhora Ostrom estava. Ela tem jeitão de antropóloga e foi muito simpática. (Acho que conversamos sobre capital social, mas não me lembro direito do papo. Shikida, você também estava no jantar ou teve que sair?).

Kindle para o Brasil

A Amazon diz envia para o Brasil (!!!) a versão internacional do Kindle que funciona através de conexão 3G (!!!) e custa US$ 279.
Com o caraminguás pagos para a receita federal e frete, alguém sabe quanto o treco custará?

Filosofia do Direito e a Teoria do Superstar

As aulas do Michael Sandel sobre em Harvard são muito bacanas mesmo. São um programa de tv melhor do que qualquer outro show (exceto um ou outro).
Eu me lembrei, contudo, da teoria econômica do superstar (Rosen, 1981). O que será dos professores não-estrelas quando as aulas dos MichaelSandel´s de outras áreas estiver disponível on-line? O ganho de bem-estar para os alunos é óbvio: eles terão aulas com os melhores professores do mundo. Mas o que acontecerá com os demais professores? Enfim, acho que fiz bem em largar a vida docente...

Mais uma razão para usar o R

O Hal Varian usa!

Jeffrey Williamson na USP

Depois de ter trazido o Colin Lewis, o Renato Colistete apronta mais uma: ele trará o Jeffrey Williamson para a FEA-USP em outubro. Parabéns!

Troféu "Errei, mas a culpa foi da Guerra Fria"

"Somente a Revolução Soviética de 1917 proporcionou os meios e os modelos para o genuíno crescimento econômico mundial e o desenvolvimento equilibrado de todos os povos."

Eric Hobsbawm (1962) "Do Feudalismo ao Capitalismo".

Chicago X Buenos Aires

Um resumo aqui. O paper completo do Glaeser e Campante está aqui.
Um trecho interessante:

In 1816, it cost as much to move goods 32 miles over land as to ship across the Atlantic.

Hitler e o segundo melhor abstract já feito

Duas colaborações do meu amigo Cláudio Shikida:
a) Hitler na ANPEC


b) E o brilhante abstract!

O imposto sobre a burrice é bem gasto

Alan Turing e outros gênios decodificaram a Enigma, a máquina de código dos nazistas, em Bletchley Park. O trabalho deles foi fundamental para a vitória aliada.
Agora o dinheiro da Loteria britânica vai financiar a recuperação da casa. Cory Doctorow percebeu a ironia: os ignorantes em estatística financiam a preservação da memória dos gênios do passado.

Uma boa razão para continuar no terreno conhecido da Ciência Econômica

Três crianças disputam uma flauta. A criança A diz: "A flauta deve ser minha porque eu sou o único que sei tocar"; B argumenta:"Eu a mereço porque não tenho nenhum outro brinquedo."; C diz: "A flauta deve ser minha porque eu a fiz".
Caramba, só o Amartya Sen para lidar com dilemas impossíveis como esse. Eu, burro que sou, fico com a Economia e evito as questões mais profundas.

"Japoneses preguiçosos e alemães ladrões", Chang mandou bem desta vez

Eu não compro a teoria (da conspiração) do Ha Joon Chang sobre a história econômica. (veja uma síntese e crítica aqui). Mas agora ele acertou (Ou ao menos disse algo em que eu acredito: cultura não importa. Em algum lugar deste blog tem um post sobre o assunto com ótimos comentários do prof Sanson).
Dica do Brad Delong.

De volta do Brasil Meridional

A visita ao RS foi muito bacana. Tive o prazer de rever queridos colegas e ex-alunos.
Na UFPel, foi também um prazer conhecer os seis sobreviventes da primeira turma do mestrado em Economia do PPGOM (os demais já foram abatidos pelas provas). Uma turma motivada, inteligente, dedicada e promissora. Ah, eles têm um blog!
Voltei animado e com edições antigas do livro clássico Roberto Simonsen e um de ensaios do Eugênio Gudin (Valeu, Marcelo). Fiquei só uma noite em POA, na casa da sempre generosa família Porto, e peço desculpas aos demais amigos que não tive tempo de contactar. Fica para uma próxima.

A crise e eu

Ok, eu não ganhei (nem perdi) um centavo com a crise, mas olhem o que eu escrevi em outubro de 2008:
O nome da crise?
Preocupado com a crise americana?
Dentre as diversas tribos da Economia, eu acho que a dos historiadores econômicos saiu ganhando. Christina Romer, Eichengreen, Temin e cia ganharam visibilidade e status no ano que passou.

Na UFPel

Nesta semana, a partir de terça-feira, estarei na UFPel dando um mini-curso de Economia Regional e Análise Espacial para a primeira turma do mestrado acadêmico em Organizações e Mercados. O curso - só para lembrar - já foi aprovado pela CAPES na área de Economia.

Mapas históricos de todo mundo

World Digital Library. Impressionante e com uma interface ótima. Veja este mapa do Brasil de 1865, por exemplo.
Valeu pela dica, Rafael.

Quem não tem Arcview, vai de...

Qgis. Gratuito e open source, o programa quebra um galhão especialmente se você usar os plug-ins. (Ah, e você nem precisa pedir autorização do pessoal da informática para instalar!)

Cliometrica

Número novo da revista francesa. Ainda não li (para variar), mas os artigos parecem muito bacanas (e.g. "Fallacious convergence? Williamson’s real wage comparisons under scrutiny")
Atualização:
Nos comentários, o Renato avisou:
"Oi Leonardo,

Só um aviso: o autor do artigo citado, Svante Prado, ficará vários meses na FEA como pesquisador visitante, a partir de novembro. Ótimo pesquisador.

Abs

Renato "

Conjuntura Econômica on-line

A dica veio do Colistete. Todos os exemplares da Conjuntura Econômica (até 2008) estão disponíveis on-line.

More or less

Onde mais você poderia escutar entrevistas com o Hal Varian (falando sobre Estatística) e com o Andrew Gelman ("Pais bonitos têm mais filhas?")?
Agora os arquivos completos do programa estão disponíveis on-line!

Artigos selecionados para a ANPEC 2009

Parabéns a todos!

Apresentação na ENABER e matrizes de transição

Além das tradicionais atividades socio-acadêmicas na ENABER e na ABPHE, conheci alguns leitores do blog. Não, não foi muita gente, mas divertido de qualquer forma. Abraços para vocês!
Segue a apresentação da última sexta.

A propósito, vejam que bacana a idéia do Andrew Gelman e cia para a representação de matrizes de transição. Bastam 3 linhas no R que tudo fica mais claro.

Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos Regionais

Começa hoje na USP.

Eu odeio o Edward Glaeser

Basta eu ficar um ano sem visitar sua página que ele publica uma dezena de novos artigos (excelentes, eu imagino). Que inveja. Além de tudo, ele escreve muito bem. Veja a resenha sobre a briga Robert Moses e Jane Jacobs.

Encontro da ABPHE

Fui só como ouvinte e vidente. Foi muito bom encontrar os amigos e só assistir às apresentações. A programação está aqui.

Visualização da poluiçao do ar

Air Pollution Visualisation: Nitrogen Dioxide, London from digitalurban on Vimeo.


Agradeço ao meu amigo Rafael Pereira pela dica.

Café com açúcar

A vida sem café nem açúcar deve ter sido quase tão ruim quanto sem cinema. Bem, Hans-Joachim Voth e Jonathan Hersh calculam que o ganho de bem-estar decorrente da introdução desses dois bens na Europa foi de quase 10%. Segundo os autores, os salários reais antes de 1800 parecem estagnados apenas porque os índices de preço não consideram a introdução dos novos bens. Não sei o que Hobsbawm ou Mokyr diriam sobre a estimativa, mas a técnica utilizada parece ser muito útil, inclusive para estudos contemporâneos. Duas frases jóia que se referem à Inglaterra circa 1700 :

"Half of all spending was on beer and bread, and fully three-quarters of all calories came from these two sources alone."
"The reason why seemingly mundane goods like sugar, coffee and tea made a big difference to living standards is that life was not just “nasty, brutish, and short” at their time of introduction – it was also (in culinary terms) grey, boring, and bland."

A discriminação contra os altos

Os maiores de 1,91 m têm salários menores na Alemanha! Quem diria, lá o height premium é negativo.
Quer saber mais sobre a idade da primeira menstruação na Colômbia, ou o condição nutricional na Bavária do século XIX? Então leia o novo número da ótima Economics & Human Biology.

Você notaram que eu não coloquei o tag "Humor"?

Via Mankiw

O surgimento dos infográficos



Desenhado por Charles Minard (1869), a espessura da linhas representa o tamanho das tropas de Napoleão na campanha da Rússia de (1812-1813). Mórbido, mas é um belo gráfico.

Colin Lewis na FEA/USP

A semana passada foi atribulada e eu esqueci de repassar esse sensacional evento. O Colin é -por muitass razões - querido e admirado pelos os historiadores econômicos que o conheceram. Todos (eu inclusive) somos muito gratos a ele.
Parabéns , Renato, pela iniciativa de organizar o curso!

Aviso à Praça

Para os que amigos que me escreveram (e para os que não escreveram): os "Comunicados da Presidência" são responsabilidade da assessoria do presidente do IPEA. Eles não circulam, nem são apresentados aos técnicos do Instituto. Sabemos dos temas e conteúdos dos "comunicados" ao mesmo tempo que o público em geral.

O melhor abstract do ano

O prêmio vai para:


"What - or Who - Started the Great Depression?
Lee E. Ohanian

NBER Working Paper No. 15258
Issued in August 2009
NBER Program(s): EFG

---- Abstract -----

Herbert Hoover. I develop a theory of labor market failure for the Great Depression based on Hoover's industrial labor program that provided industry with protection from unions in return for keeping nominal wages fixed. I find that the theory accounts for much of the depth of the Depression and for the asymmetry of the depression across sectors. The theory also can reconcile why deflation and low levels of nominal spending apparently had such large real effects during the 1930s, but not during other periods of significant deflation. "

O Prêmio Eço...

... foi suspenso temporariamente. Talvez ele volte em 2011 ou -mais tardar - em 2012.

Invasão moura? Não.

Recebi o vídeo O Crescimento do Islamismo por e-mail.
Os número soam muito estranhos mesmo para olhos não treinados, mas felizmente Tim Harford e cia fizeram o dever de casa. (Ouça o programa de rádio aqui).

Prêmio Eço -"Viva a Gripe A"

Essa eu nem preciso comentar:
"Gripe A ajuda a segurar inflação brasileira", diz analista
Medo de contrair o vírus fez com que os brasileiros reduzissem a demanda por passagens aéreas, fazendo o preço cair

InfoMoney
07 agosto 2009

SÃO PAULO - O aumento dos casos de gripe A (H1N1) no Brasil contribuiu para o resultado do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de julho (0,24%), que veio abaixo do registrado no mês anterior (0,36%). A afirmação é do analista da Rosenberg Consultores Associados, Francis Kinder.
"Com o agravamento da doença, a preocupação dos brasileiros em contrair o vírus aumentou e as pessoas ampliaram os cuidados para se prevenir do contágio. Entre eles, evitar viagens para países ou estados que apresentem casos da doença. Assim, a demanda por vôos (nacionais e internacionais) diminuiu, causando uma redução nos preços. Vale lembrar que julho normalmente é um mês muito aquecido para o setor aéreo, em razão do período de férias", explica."

Legal, como também as pessoas ficaram em casa coçando e não consumiram nada (nem álcool gel), eu aposto que a poupança também aumentou! Uhu!
(Agradeço ao meu amigo Acir Almeida pela dica!)

Adeus ao Ubuntu

Depois de quase dois anos como feliz usuário do Linux Ubuntu, sou obrigado a voltar ao mundo do windows. O motivo? No IPEA, todos os micros rodam windows e não podemos instalar o ubunutu, nem o open office. Também não podemos conectar os próprios micros na rede.
(Para amenizar o drama, ao menos os desktop são ótimos lenovo que foram downgraded para vista)

Jogos

Lá na pré-Cambriano, por volta de 1993, uma das primeiras versões do SimCity paralisou as dissertações dos mestrandos de Economia da UFRGS por um mês. Imaginem o que teria acontecido se uma maravilha dessas tivesse sido instalada na salinha dos computadores?

Hoje NÃO é dia do economista

E tenho dito.

Christina Romer sobre o efeito dos estímulos fiscais

A grande historiadora econômica - e agora diretora do Council of Economic Advisers:
"So, Is It Working? An Assessment of the American Recovery and Reinvestment Act at the Five-Month Mark."

2 X Tim Harford

Ele apresenta novos episódios do ótimo programa de rádio More or Less;

Preços hedônicos de imóveis nas favelas do Rio

Uma casa de alvenaria, que era negociada por até R$ 10 mil no tempo em que muitos deixaram a favela por causa do tráfico, agora é vendida por R$ 50 mil.

Será que esse é um jeito correto de avaliar as políticas públicas lá? Algum argumento contra?

Lei de Say na Índia

Ou "A oferta criando a sua própria demanda em Dehli". Ou "O engraxate esquichador de me*da". Você escolhe o título desse causo do correspondente da BBC ( texto e áudio).

(Aproveite e ouça o Justin Webb, o correspondente nos EUA, sobre os seus 7 anos no país. Muito bom mesmo).

"Modeling social heterogeneity, neighborhoods and local influences on urban real estate prices:

...spatial dynamic analyses in the Belo Horizonte metropolitan area". Esse é o título do livro e da tese que o Bernardo Furtado acabou de defender em Utrecht. Ele também entrou no último concurso do IPEA e estamos na mesma diretoria. Ele botou para quebrar: aplicou econometria espacial com regressão quantílica (isso aí, tudo junto!!!), autômatos celulares e tudo mais. Muito bacana mesmo. O livro está disponível para download gratuito aqui (8,6 MB).

Cobogó

Colegas de trabalho arquitetos + viver em Brasília = aumento do meu vocabulário. Aprendi nesta semana o que é Cobogó. É talvez a palavra com origem mais inesperada que eu já esbarrei.

É batata!!!

"The introduction of potatoes can explain 22% of the rise in population and 47% of the rise in urbanisation during the 18th and 19th centuries."

Meu livro de férias: Salsa Dancing into the Social Sciences

Influenciado pela recomendação do Tyler Cowen, eu comprei por impulso Salsa Dancing into the Social Sciences: Research in an Age of Info-glut na Amazon. Vi que o livro não tinha nenhuma tabela, gráfico,ou equação e, ainda por cima, a autora citava Foucault com alguma freqüência. Que desgosto. Mas eu o levei na mochila mesmo assim. Gostei muito. Muito mesmo.
O livro é um guia para pesquisadores em Ciências Sociais e é muito bem escrito e humorado. O argumento central da Kristin Luker: as pesquisa quantitativa tradicional (“canonical social science”) analisa as relações entre variáveis e sua distribuição. O problema é que, muitas vezes, não se sabe quais são as variáveis relevantes. A solução estaria nas pesquisas qualitativas rigorosas, sérias e que contribuam com a teoria sociológica.
O bacana é que a autora não cai na briga juvenil entre pesquisa qualitativa versus quantitativa. Duas amostras do bom humor da autora:
Qual a diferença entre Sociologia e Jornalismo? A Sociologia é mais lenta. (Leo: na verdade, ela se refere à má Sociologia)
"I sometimes think that every social science finding based on a quasi-experiment design (...) is really a selection effect waiting to be unmasked." p.58.
Compre o livro sem medo. Se você for curte pesquisa quantitativa, vai perder um tanto dos seus preconceitos; se você já faz trabalhos qualitativos, vai melhorar a qualidade da sua pesquisa. E se você não faz nada disso, vai gostar mesmo assim.
Por fim, a Salsa Dancing é isso mesmo. Ela sugere a prática de salsa, kickboxing, corrida ou qualquer atividade física suarenta para os pesquisadores.

Enquanto isso em Utrecht...

Está rolando o World Economic History Congress. O Fábio Pesavento manda o seguinte relato entusiasmado:
"Escrevo este post da sala onde dentro instantes Gregory Clark (UCLA) vai apresentar seu paper (biologia e história econômica)[Nota do Leo: Ih... vai apanhar como cão danado]. Mas este post é sobre um assunto paralelo: Thomas Kang e Ricardo Paixão. Se existe cliometria no Brasil ela está muito bem representada aqui em Utrecht. Primeiro pelos trabalhos apresentados pelos dois, segundo pela desenvoltura apresentada no congresso em diversas questões (desde o tradicional bate-papo no coffe-break, até uma pergunta muito bacana numa sala lotada de lendas como Angus Maddison, EU APERTEI A MÃO DELE ehehe). O inglês, neste caso, é fundamental. Mas isto é inútil se não termos idéia do debate e da teoria básica. Novamente a desenvoltura dos dois chama atenção de gente como Jeffrey Williamson. Parece que a cliometria brasileira terá continuidade (se é que existiu) e seus mais novos representantes são Kang e Paixão. Quanto a mim, bom Utrecht está sendo um sonho para eu que lia Marx até pouco tempo..."


O próprio Thomas Kang - cujo blog eu preciso citar com mais freqüência - manda o seu ótimo relato no post: "O dia em que fiz Acemoglu gargalhar". (Valeu pela referência, Thomas!)

Pois é, pessoal, aproveitem o evento e continuem mandando as novidades!

Quando você reclamar da espera no aeroporto, lembre-se que....

Em 1850:
- O custo de atravessar os EUA era de uns US$200 (uns US$ 5000 aos preços de hoje), o equivalente a metade da renda anual de um trabalhador sem qualificação e demorava de 4 a 6 meses. (Por outro lado, o bilhete da Suécia para os EUA só custava entre 17 e 25$ (uns US$500 de hoje)e demorava menos de 2 meses.)
Fonte: Clay, Karen e Jones, Randall Jones. Migration to Riches from the California Gold Rush. The Journal of Economic History, v.68, n.4, Dec 2008, p. 997-1027

Novo número da Revista Interdisciplinar História e Economia

Aqui. Não li ainda (ver post anterior), mas ja destaco a resenha do grande Pedro Carvalho de Mello sobre o livro da McCloskey "The Bourgeois Virtues".

De volta

Consegui ficar 14 dias off-line! Desde 1996 (ou 1997?) é o período mais longo que fico sem olhar os meus e-mails. Não apresentei crises de abstinência e foi um período bem tranqüilo.
Eu só notei que tenho que declarar falência na leitura dos blogs, ou seja, não lerei qualquer post escrito na minha ausência. Só assim colocarei a vida, i.e. os e-mails, em dia.

De férias

Caros leitores, uma parada para duas semanas de férias.
Se meus planos derem certo, eu ficarei desconectado até o fim de agosto.
Aquele abraço!

VII Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos Regionais

A lista dos trabalhos está aqui e você já pode se inscrever. Todo mundo lá na ENABER!

"Mulher de um homem só" por Alex Castro

Alex Castro, o gente boa que poderia ter sido economista se não tivesse seguido a trilha da literatura (e da libertinagem!), lança livro novo. Com base nos livros anteriores, eu recomendo "Mulher de um homem só" fortemente.
Vejam os detalhes:

Mulher de um Homem Só

De Alex Castro

Romance

Editora Os Vira Lata

Preço:

.:. Pré-venda – até 1º de agosto

“Pague o quanto quiser”, com valor mínimo de R$ 18,00 + taxas (frete de R$ 4,40 + taxa administrativa de R$ 2,00)

.:. No lançamento

R$ 25,00

.:. Após o lançamento

R$ 28,00 + taxas (frete de R$ 4,40 + taxa administrativa de R$ 2,00)

Para comprar: www.tinyurl.com/MulherComprar

Links:

Fotos do autor e capa do livro: www.tinyurl.com/MulherImagens

Resenhas e repercussão: www.tinyurl.com/MulherResenhas

Para comprar: www.tinyurl.com/MulherComprar

Blog Liberal, Libertário, Libertino: www.interney.net/blogs/lll

(Viram que ele faz discriminação de preço?)


xkcd é duca!


(No linux, com o mouse sobre a imagem surge o texto: "Hey what are the odds -- five Ayn Rand fans in a single train! Must be going to a convention." Brilhante)

A Revolução Francesa e Napoleão como um experimento natural

É isso o que Acemoglu, Cantoni, Johnson e Robinson afirmam. As regiões invadidas pelas tropas napoleônicas teriam se beneficiado das reformas institucionais e se desenvolvido. Será que uma explicação Olsoniana não daria conta do recado?
A propósito, feliz 14 de Julho para vocês!!!

Sarney por Glauber Rocha

Maranhão 66.
Quarenta e três anos atrás. Quarenta e três anos atrás. Quarenta e três anos atrás.

Segregação Espacial: Easterly versus Schelling.

É sempre chato quando uma ótima idéia é falseada pela realidade. É a vida.

Melhor em português (muito off-topic!)

Uma lista dos filmes em que o título em português é melhor do que o original:
Assim caminha a humanidade Giant
Festim diabólico The rope
Um corpo que cai Vertigo
Em cada coração um pecado Kings row
Pacto de sangue Double indemnity
O clamor do sexo Splendor in the grass
Crepúsculo dos deuses Sunset Boulevard
Farrapo humano The lost weekend
Cupido não tem bandeira One, two, three.
Esqueci de algum?
(Em uma outra lista off-topic, tratarei de outra preocupação minha: "As melhores músicas pop com reco-reco")
UPDATE:
Vejam nos comentários as ótimas sugestões dos leitores!

Diretoria de Estudos Regionais e Urbanos

Essa é a diretoria em que trabalharei no IPEA a partir de hoje. Ótimos colegas e muito trabalho para fazer.

Jeffrey Williamson fala

O grande historiador econômico discute, em uma curta entrevista, os grandes temas: desenvolvimento no longo prazo, as globalizações, divergência/convergência, imigração e tudo mais. Sensacional.

(Os editores do journal publicam também o blog Oxonomics.)

Ó vida, ó dor....

Mais um vez, tive um trabalho recusado no encontro da ABPHE...

A Biblioteca Universal

Ainda não é a Biblioteca de Babel, mas chega perto. Encontrei umas preciosidades.
(Dica do Valdir Melo!)

Global Price and Income History Group

Eu já dei essa dica para vocês? Tem um monte de séries históricas muito úteis, inclusive para o Brasil. Essencial para historiadores econômicos.

Arcview no Ubuntu

Uma boa notícia: o Arcview 3.2 para Windows XP, facilmente encontrado por , roda no Ubuntu com se nada (basta instalar o wine antes). O curioso é que o programa não roda do Windows Vista. É mole?

Como identificar besteiras em trabalhos econométricos II

Márcio Laurini, o über econometrista, fez ótimos acréscimos no kit de identificação de mancadas dos que usam métodos mais avançados.

Update: Eu corrigi os links errados do post.

Como identificar besteiras em trabalhos econométricos

- Síndrome do "Meu último livro de Econometria foi o Kmenta": Desde a última década, não dá mais para ter um paper de séries temporais sem os testes de cointegração.
- Síndrome "Pacientes do Freud". Sabem aqueles sonhos que o Freud interpretou? Pois é, tudo se encaixa. Bem demais. O mesmo acontece em econometria. Os resultados são uma belezura e geralmente não falseiam a hipótese. Não há crítica à qualidade dos dados, referência a problemas que surgiram ou a explicações alternativas;
- Síndrome "Em busca da significância perdida": O pobre do autor começa a fazer toda a sorte de esquemas para conseguir estrelinhas nos seus coeficientes estimados. Procure por dummies esquisitas, ln e ² ³ incluídos sem razão, períodos de análise que mudam, variáveis defasadas que saltam sem qualquer explicação e proxies estranhas.
- Síndrome "Cadê o controle que estava aqui?": a significância da variável de interesse só se mantém quando as de controle são omitidas.
- Síndrome "Rubens Recúpero": "o que é bom a gente mostra, o que não é a gente esconde". O coitado roda milhões de regressões e só transcreve aquelas que deram "certo". Muito relacionada com as duas síndromes anteriores.
- Síndrome "Tamanho importa": o sujeito encontra coeficientes estatisticamente significativos e afirma que a sua hipótese sobre o efeito da menstruação das baleias na cor do Mar Vermelho foi não-falseada, mas não se preocupa com significado econômico. Um coeficiente pode ser estatisticamente significativo e, em termos substantivos, não significar bulhufas.
Mais alguma síndrome?
Eu ouvi uma frase atribuída ao Santo Agostinho:"Do pecador não se espera a pureza, mas que confesse seus pecados". (Vamos lá: Perdoai-me, Pai, eu pequei ). Em resumo, um trabalho perfeito nunca vai existir, sejamos conscientes das nossas mancadas e limites, confessemos nossos pecados e bola para frente.

Eu já vi isso antes...

A Biblioteca Brasiliana de Mindlin

Uma parte já está on-line. Ainda não explorei muito, mas dá para ver que é impressionante.

OpenGeoda !!!!

Uma versão alpha do OpenGeoda, o sucessor do Geoda, já está disponível para Vista e Mac. A versão para Linux sai em breve, mas os mais ansiosos podem usar o Wine e rodar sem problemas.

Deterioração dos termos de troca

Conversando com os colegas do curso, voltamos à antiga tese Prebisch-Singer da deterioração dos termos de troca: as commodities exportadas pela periferia tendem a ficar mais baratos em relação aos bens importados dos países industrializados. Prometi, então, fazer um post sobre o tema.
A tese tem andado fora de moda, por motivos óbvios. Mas o que a literatura diz? Antes de tudo, percebeu-se que não é mole testar a hipótese corretamente. Afinal, se um grão de soja é (quase) o mesmo durante o século, como considerar o netbook de US$350 que tenho à minha frente. Uma configuração equivalente custava um fortuna faz alguns anos e não existia nada parecido em 1970. Como ajustar para essas mudanças nas qualidades dos bens manufaturados? Ainda: que ponderações usar? Faz sentido agregar todos os bens primários em um só índice? E a qualidade dos dados? Vejamos dois textos recentes:
Jeffrey Willianson e Hadass voltam ao período 1870-1940 e fazem um baita texto , usando dados de painel e tudo mais. Eles agregam os países da periferia em grupos e - depois de muito sofrer - encontram um resultado legal. Em geral, os termos de troca não caíram, mas a volatilidade do preços das commodities foram ruins para o crescimento da periferia.
John Cuddinton et al. aplicam o instrumental de séries temporais aos preços das commodities no século XX e concluem que não há tendência de queda. (Só teria havido uma quebra estrutural na série em 1921). O fato de um preço cair ao longo do tempo não quer dizer, de acordo com a econometria contemporânea, que há uma tendência.
Meu pitaco: se a deterioração dos termos de troca fosse uma fenômeno relevante ele seria mais robusto. Ou seja, deveria resisitir mesmo quando fossem escolhidas amostras diferentes de países, produtos e períodos. Não vale dizer: "o produto x não vale", ou "o aumento recente foi conjuntural" e assim por diante. Enfim, milhões de motivos podem tornar a especialização em commodities um problema, mas a tese Prebisch-Singer não é um deles.

Finalmente um motivo para usar o twitter...

NBER!

You may follow NBER publications on Twitter.
http://www.twitter.com/nberpubs has one tweet per paper
http://www.twitter.com/nberpubs1 has one tweet per batch/week.

Cambridge Conversations with History

Uma ótima dica que recebi ontem. A longa série Conversations with History está toda no youtube. Delong, Eichengreen, Freeman, Sen, Nial Fergunson e mais uma galera estão lá.

Como identificar besteiras em Economia?

Inspirado no detector de baboseira, aí vai a lista de características que me fazem ficar com um pé atrás nos textos de Economia:
- Recomendações de política econômica abundam e há pouca evidência empírica;
- Muitas referêncais aos economistas mortos. Sua otoridade é central no argumento. Além disso, o autor e sua patota se mostram como quem finalmente entendou o Livro Sagrado;
- Poucas referências às evidências e teorias recentes que contradizem o autor. Estas, quando aparecem, são tratadas com desprezo ou sarcasmo. Em geral, quem discorda é burro ou mal intencionado;
- Termos sociológicos entram no texto sem pedir licença e sem definição;
- Linguagem colorida. As taxas "explodem"ou "despencam", as reservas são "corroídas", "derretem" e assim por diante. O tom é panfletário e catastrofista.

(Ainda nesta semana, como identificar papers econométricos... estranhos)

O custo social de Transformers II

Um crítico escreve sobre o filme:
"I mourn the volume of human life being wasted on this thing. If the film makes $100 million this weekend and tickets cost $10 a pop, that’s ten million viewers and a total of twenty-five million hours, not including previews, travel and the time spent earning the wasted money. If the average person lives to be 75, that’s 38 lives."
Vamos lá, economistas, nós podemos fazer melhor. Qual é o verdadeiro custo social de Transformers II?
O filme já é considerado o pior da década e que só é perdoável se os roteiristas consumiram mescalina. Outros críticos pensam que Transformers II é tão ruim, vazio e ruidoso que se transformou em arte abstrata. Leia aqui e aqui. (Eu pensava que "Velocidade Máxima" já tinha rompido essa barreira).

As raves medievais

Entre os séculos XIV e XVIII, a surtos de dança apareceram de tempos em tempos na Europa. Descontroladas, as pessoas dançavam por horas e dias até a exaustão. A praga aparecia em uma cidade e se espalhava pelas vilas vizinhas. Mas nos conventos o negócio era bem mais animado. No sul da França em 1627 as freiras:
...often behaved with alarming lewdness: lifting their habits, simulating copulation, and giving their demons names such as Dog’s Dick, Fornication, even Ash-Coloured Pussy.
E vejam o que as ôtoridades fizeram para combater o surto de Strasburgo:
the city authorities ensured that the outbreak got out of control by having the dancers gathered together and left to dance in some of the most public spaces in the city .
Imaginem o espetáculo! O autor do artigo publicou este livro sobre o surto de 1518.
Via boingboing.

Internet is for Porn

É verdade, mas também para ver as apresentações na LSE de Krugman, Bernanke, Quah, Richar Thaler, Paul Collier ...

Diversos:

Buemba, Buemba: cai salário dos garçons do RJ!;
Quer reduzir o consumo de drogas sem gastar um tostão? Moleza. Penas menores para quem vender drogas "malhadas". Brilhante.
O canudo não é mais necessário para trabalhar em jornais. Veio tarde. É quase como abolir a exigência de diploma de acendedor de lampião.

Temporariamente não disponível

Caros leitores, o curso de ambientação do IPEA tem me ocupado totalmente. Espero que entendam a minha ausência, mas voltarei à blogagem logo, logo. Aí vai uma síntese da minha vida em BSB:
C8H10N4O2
TP
CPE
ACT
DICOD
BID
C8H10N4O2
ENSP
DIRUR
DISET
PPA
SOF
CNCD
SHN
C8H10N4O2
DAS
DIMAC
SGAC
CGOF
CGMTI
C8H10N4O2
CGRU
COSEG
CGP
ASCOM
SCDP
ODM
C8H10N4O2
SAE
SEDH
DIDES
DIRAF
CPE
CGRHU
SQN

Hobsbawm e a cliometria.

Hospedar-se nas casas dos amigos é ler as suas bibliotecas. Jung, o meu paciente e generoso amigo em Brasília, já me repassou o "A Economia de Machado de Assis", umas tantas crônicas do Ferreira Gullar, mas a maior surpresa veio do "Sobre História" do Eric Hobsbawm. No artigo "História e Economia", leio:

"Quem não consegue quantificar, não consegue escrever história". (p. 126)

Não, ele não defende a cliometria, mas apresenta críticas bastante ponderadas. Sua conclusão é:

"... a cliometria pode criticar e modificar a história produzida por outros
meios, mas não pode produzir respostas próprias. " (p.131)

Caramba, isso não é pouco! A Nova História Econômica mostrou entre outras cositas: que a revolução industrial nunca existiu, a escravidão era lucrativa e que as ferrovias não foram tão importantes assim nos EUA.
Eu resisto aos argumentos de autoridade, mas os historiadores marxistas deveriam ouvir o que autor diz (mas nem tudo!) e replicar a sua generosidade para com os cliometristas.

Cozinhar é preciso

Quem diria? Foi a cozinha e não a divisão do trabalho que nos transformou em gente.
Cooked food, by contrast, is easier to digest, gives you more energy, and
takes no time to eat. Cooking also kills bacteria and renders many natural
poisons inactive. So the simple expedient of heating food gave us access to many
more safe calories every day, which was a survival jackpot. Once we started to
eat soft, cooked food, our jaws and teeth were no longer required to munch
ceaselessly, and they became smaller and more delicate. That is why we don't
look like apes anymore. Similarly, the more cooked food we ate, the less
industrial-strength digestion we had to do, and the smaller our guts became. In
the same way that our bodies evolved to better walk on two legs, our bellies
changed to better handle well-done over rare
.

Colistete e a História Econômica do Desmatamento

Aqui. Um post jóia.

IPEA

Conforme previsto, a partir de hoje, estou no IPEA. A agenda do blog continua a mesma. Claro que as opiniôes aqui são minhas (quando eu não copio de outros) e não do IPEA.

Paris


(Foto de Arnaldo Interata em 28 de Abril de 2009)

Dicas de software

- Eu desisti do Remember the Milk e passei para o Google Tasks (5 formas de acessá-lo);
- Quantum GIS, a alternativa open-source do ArcView.
- Go-oo, o upgrade do Open Office. Via Renato Colistete. (Se você usa o Ubuntu, não é necessário atualizar)

Revolução Industrial. Por que na Europa e não na China? Por que na Inglaterra?

Duas novas explicações:
-Hans-Joachim Voth (et alii) olha para surgimento do padrão europeu de casamento. (Voth é um ótimo criador de títulos de papers, não?)
-Para Robert Allen, o comércio internacional criou as condições para a Revolução Industrial Britânica: salários altos e energia barata. Note que ele não segue as explicações tradicionais de exploração e busca outros mecanismos mais sutis. (O livro com todo o argumento está aqui. A Economist resenhou o livro).

Links diversos

- Como sempre, Mestre Duílio faz a minha cabeça girar. Recomendo fortemente.
- David Eltis comenta o livro do Laird W. Bergad, The Comparative Histories of Slavery in Brazil, Cuba, and the United States. Ainda não li, mas o livro do Bergad sobre MG é muito bom mesmo (Escravidão e História Econômica: Demografía de Minas Gerais,1720-1888. São Paulo: EDUSC, 2004).
- Cliometrica.
- Encontro Nacional da ANPEC. Prazo 20 de Julho.

Escravos Europeus na África

A Economia da Escravidão me ensinou que o trabalho cativo foi o normal. Na sórdida, brutal e longa história humana, o trabalho livre foi bastante raro. Obviamente, o tráfico de escravos também costumava ser um grande negócio, mas eu nunca imaginaria que coisas como essa aconteceram:
"According to one estimate, 7,000 English people were abducted between 1622-1644, many of them ships' crews and passengers. But the corsairs also landed on unguarded beaches, often at night, to snatch the unwary.
Almost all the inhabitants of the village of Baltimore, in Ireland, were captured in 1631, and there were other raids in Devon and Cornwall."
A estimativa- ao que parece exagerada- é que um milhão de europeus foram escravizados por piratas do Norte da África entre 1530-1780. O livro sobre o assunto está aqui.

PS. O autor do ótimo blog Economic History pondera que o termo "escravo" não seria correto, porque a maior parte dos envolvidos era devolvida em troca de resgate. Lembrei então que o Miguel de Cervantes deve ter entrado na contabilidade citada acima.

Google Maps + Máquina do Tempo

Reserve 8 horas do seu dia para conhecer o Hypercities.
(Zephyr Frank e Sidney Chalhoub tinham (têm?) um projeto semelhante para o Rio de Janeiro)
Via Wired.

Prêmio Eço - Otimismo contra os fatos

Para começar a semana, aí vai uma Stephen Kanitz:

Consumo Recorde Nos Estados Unidos: 70% do PIB

"Vejam esta tabela elaborada pelo economista americano Dirk van Dijk, que mostra que o consumo das famílias no primeiro trimestre nos Estados Unidos foi recorde em relação aos últimos 50 anos. 70% do PIB, contra um média de 64%.

Repito: Recorde dos últimos 50 anos!

Tiram todo o bife do prato feito e o Seu Kanitz comemora: "Batata frita agora é 50% do PF contra uma média de 30% ! Eba!"

56th Annual North American Regional Science Association Conference

Aqui.

Excedente do consumidor

Comunico à praça que a atemoia (R$4,00/kg) superou a bicicleta na disputa pelo bem que gera o maior excedente do consumidor para mim.

Museu da Corrupção Brasileira

Aqui. Não deixe de visitar a loja e a pizzaria.

II Congresso Latinoamericano de História Económica

Aqui. Digo, na Cidade do México.

Borges, Mapas e o Método

O próprio Jorge Luís Borges lendo "Del rigor en la ciencia" (Via Boing Boing)

Para acompanhar:
En aquel Imperio, el arte de la Cartografía logró tal perfección que el Mapa de una sola Provincia ocupaba toda una Ciudad, y el Mapa del Imperio, toda una Provincia. Con el tiempo, estos mapas desmesurados no satisficieron y los Colegios de Cartógrafos levantaron un mapa del Imperio, que tenía el tamaño del Imperio y coincidía puntualmente con él. Menos adictas al estudio de la cartografía, las generaciones siguientes entendieron que ese dilatado Mapa era Inútil y no sin impiedad lo entregaron a las inclemencias del Sol y los inviernos. En los desiertos del oeste perduran despedazadas ruinas del mapa, habitadas por animales y por mendigos; en todo el país no hay otra reliquia de las disciplinas geográficas.
Borges pode ser usado em lições de metodologia. Quando alguém reclamar que um modelo é incompleto, sugira a leitura de "El Rigor...". Já se a crítica for que o modelo não considera as espeficidades do objeto, mande o sujeito ler Funes, o memorioso. Duvido que funcione, mas não custa tentar.

PS. Lembrei que nos tempos do Gustibus eu já tinha feito um post sobre o mapa do metro de Londres e Ricardo. Aí vai. O link para a animação não funciona mais, mas encontrei um vídeo equivalente.

Choque de Culturas

Ricardo Freire narra a retumbante a presença do Martin Feldstein no festivo encontro mundial de Turismo
"Martin Feldstein, economista, professor emérito e urubu
Foi chamado ao palco Martin Feldstein, economista emérito de Harvard, consultor econômico de três presidentes americanos, e — a despeito de ser conservador — um dos membros do conselho de recuperação econômica do governo Obama. Sua tarefa era fornecer insights para superar a crise.
Sem que a direção do evento estivesse totalmente inteirada do teor da sua análise, Feldstein não deixou nenhuma esperança de pé. A crise vai continuar por muitos anos. Os Estados Unidos não têm condições objetivas para se recuperar rapidamente. A Europa está pior, e a Ásia vai a reboque. Depois da pequena reação dos últimos meses, o dólar vai voltar a perder valor. O setor de viagem vai enfrentar tempos muito, muito sombrios.
Quando se abriu a rodada de perguntas da platéia, Sonu Shivdasani (... ) perguntou por que não havia sido colocada uma forca no pátio para quem quisesse usar.
Questionado sobre a África, professor Feldstein disse que é o único continente que, a seu ver, tem como sair dessa mais cedo, pela falta de laços econômicos com o resto do mundo. Informado por um participante da platéia sobre números do Brasil, ele confessou não conhecer o caso brasileiro com a profundidade com que conhece o resto do mundo, e admitiu que talvez pudéssemos enfrentar a barra com menos percalços.
Faltavam menos de 90 minutos para terminar a cúpula, e tudo parecia que ia terminar da pior maneira possível."

Deve ter sido divertido.
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